quinta-feira, outubro 14, 2010

A casa da vovó...

...e do vovô e das titias...
Os melhores lugares do mundo, mas a gente engorda tanto...
E são tantos mimos, e tantos abraços balançados, tanto amor.

Minha família tem o sentido pleno da palavra, são parte essencial da minha vida.
Amo mais maior que o mundo.

=*

sexta-feira, outubro 01, 2010

O silêncio...

Andei quieta por esses dias, mas tive um motivo para isso: estava estudando pra prova do mestrado.
Não tenho muito o que dizer hoje, estou demasiadamente cansada depois de 4 horas fazendo uma prova, só quero compartilhar o poema da prova. Era pra fazer uma análise crítica dele, de acordo com meus conhecimentos de Teoria e Crítica Literária. Esse aí, ó:



Graciliano Ramos - João Cabral de Melo Neto

Falo somente com o que falo: 
com as mesmas vinte palavras 
girando ao redor do sol 
que as limpa do que não é faca:
 
De toda uma crosta viscosa, 
resto de janta abaianada, 
que fica na lâmina e cega 
seu gosto da cicatriz clara. 
Falo somente do que falo: 
do seco e de suas paisagens, 
Nordestes, debaixo de um sol 
ali do mais quente vinagre: 
Que reduz tudo ao espinhaço, 
cresta o simplesmente folhagem, 
folha prolixa, folharada, 
onde possa esconder-se na fraude. 
Falo somente por quem falo: 
por quem existe nesses climas 
condicionados pelo sol, 
pelo gavião e outras rapinas: 
E onde estão os solos inertes 
de tantas condições caatinga 
em que só cabe cultivar 
o que é sinônimo da míngua. 
Falo somente para quem falo: 
quem padece sono de morto 
e precisa um despertador 
acre, como o sol sobre o olho: 
Que é quando o sol é estridente, 
a contrapelo, imperioso, 
e bate nas pálpebras como 
se bate numa porta a socos.




Depois eu falo sobre o poema, hoje eu cansei mesmo....