terça-feira, novembro 07, 2006

Asneiras do Coração.

É... acho que só Coração mesmo pra escrever aqui...
Mais um daqueles dias tristes. Viver faz doer, dia Macabéico mesmo. Tomei uma dipirona mas a dor continua.
Acho que preciso um pouco mais de razão nas minhas ações, nos meus pensamentos, no meu dia a dia. Deixar me levar tanto pela emoção assim faz doer demais, até porque as emoções geralmente dependem de terceiros, não só de mim. Quando penso que as coisas estão bem, aparece um pé na minha frente pra me derrubar. Mas já é de praxe, me levanto, e sigo meu caminho.
Preciso também me dedicar aos meus fiéis companheiros e amigos, meus livros amados, estes que nunca me derrubam, e me levam pra lugares inimagináveis, pra experiências maravilhosas. Em muitas e muitas vezes prefiro o mundo inventado da literatura ao mundo real.
Esse estado Macabéico me inspira a ler poesia...
Então, vou postar aqui dois poemas que eu gosto muito, um do Drummond, que muita gente pode achar sem sentido, e pode ser que seja mesmo, mas não deixa de ser sublime, e um do Augusto dos Anjos, e desse eu nem tenho o que dizer...

No Meio do Caminho
Carlos Drummond de Andrade
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas
Nunca me esquecerei desse acontecimento
que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no
meio do caminho
no meio do caminho
tinha uma pedra



Versos Íntimos
Augusto dos Anjos


Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!




Queria escrever coisas bonitas, mas não sei, então escrevo minhas porcarias mesmo, e coloco coisas bonitas que os outros escrevem.





By Coração (Heartsick)


quarta-feira, outubro 18, 2006

Algo sobre Coração.

Não, eu não sou mais aquela que você conheceu. Eu mudei. É o devir meu caro. Mudo tão rápido quanto correm os segundos no relógio. Talvez até ainda mais rápido que os segundos do relógio.
Essa vida que não para de acontecer, não me da tempo pra eu ser igual o tempo todo!
Contraditória? Pouco importa. A vida muda, os valores mudam, o pensamento muda, os gostos mudam, tudo muda. Há muitos e muitos anos Heráclito já dizia isso, e alguém deve ter dito antes dele.
Se há razão nas coisas é que eu ainda não sei. Razão nessa mudança toda, razão na vida. Mas eu nunca fui muito de razão mesmo. Claro que as vezes eu sou, sendo que mudo o tempo todo, mas na maioria das vezes sou movida mesmo pela emoção. E viver movido pela emoção é algo deveras interessante, intenso, inseguro, insano, até inaceitável nos dias de hoje (talvez sempre).
As emoções, essas também sempre mudam, e eu sempre me entrego a elas.


Nem sei bem o que quero dizer. Mas... que entendam os que assim o quiserem.

By Coração, levemente movida pela razão

quinta-feira, outubro 12, 2006

Das extensões do corpo (e da alma, se é que existe alma).

Há momentos na vida em que a gente fica triste, assim, sem motivos mesmo. E é nesses momentos que a gente mais precisa de alguém do nosso lado, nem que for pra ficar quieto (eu até prefiro que seja pra ficar quieto), mas que esteja alí, pelo simples fato se estar. Essa pessoa, de preferência, tem que ser aquela pessoa que te entenda, e saiba que as palavras não são assim tão importantes. Sim! Um amigo, uma extensão de você. Pois é isso que os amigos são, uma extensão da nossa própria carne, que não precisam de palavras, e muitas vezes nem estarem perto pra saberem o que a gente sente, e que a gente precisa deles.
Sim! Eu posso falar de amizade, pois eu sei que tenho amigos de verdade e pra vida toda. E essas pessoas não são simplesmente pessoas com quem eu posso conversar sobre qualquer coisa, contar qualquer segredo, são pessoas que me ajudam a viver, que me ajudam a corrigir meus defeitos, que me dão força, que me puxam a orelha, que brigam quando é preciso brigar; Elas são extensões de mim.
Não importa se a distância que nos separa se estende em milhas e milhas. Não importa se ficamos 3, 4 anos sem trocar uma palavra sequer, pois o amor de amigo, o Philos, resiste a isso tudo, permanece vivo, e a chama sempre acesa.
Hoje, estou assim, me sentindo triste, mas a companhia (mesmo que seja virtual) de uma dessas pessoas mais que especiais na minha vida está me fazendo sentir melhor. E é a ele que dedico esse post. Meu amigo mais antigo, com o qual eu já andei tanto sem rumo e de mãos dadas, bebendo qualquer coisa, conversando, falando besteira. Quanta saudade sinto desse abraço que já faz quase 3 anos que não sinto, da sua companhia tão maravilhosa meu paiaçu querido.

By Coração.

segunda-feira, outubro 02, 2006

Da(s) Definição(ões) das partes.

Bem, as três partes já ganharam muitas definições, mas as que mais me chamaram a atenção foram: Razão, Coração e Sexo.
A parte que agora aqui escreve é o Coração. Razão e Sexo podem querer usar uma definição diferente de si, mas isso é com elas. Cada parte é uma parte, e pensa diferente.
Isso aqui é só um post besta, pra iniciar o blog, e ver como é que vai ficar. Assim que tiver alguma coisa interessante pra postar, seja da Razão, do Coração ou do Sexo, será postada. Mas acho que as partes de mim ainda precisam se encontrar e conversar melhor sobre essa tal idéia de um blog.