quarta-feira, dezembro 22, 2010

segunda-feira, dezembro 20, 2010

Fim de ano...

Fim de ano é sempre aquele momento de reflexão e tal, por mais que a gente não se importe muito com essa coisa de Natal e Ano Novo, mas a gente sempre para pra pensar no que foi que se passou no ano que está acabando.
Este ano eu posso dizer que foi um dos melhores da minha vida. Depois de 9 anos na Faculdade (4 de Filosofia, 1 de descanso e 4 de Letras), finalmente vou ganhar um diplominha. Mas melhor do que ganhar o diplominha foi eu ter passado no Mestrado, e saber que no ano que vem eu estarei em um lugar melhor. Sabe, quando a gente zera aquele jogo que passou um tempão tentando? Aí finalmente já pode pegar a nova versão, que geralmente é muito mais difícil, mas dá uma satisfação sem tamanho.
E essa foi a grande conquista: terminar a Faculdade e ir pro Mestrado. E queria agradecer, além da família e dos amigos próximos que aguentaram minhas altas doses de mau humor por estar extremamente estressada, uma pessoa em especial que me ajudou mais do que qualquer outra: a Gersonita. Foi minha professora, me orientou nos projetos de pesquisa, agora é minha colega de curso e mais que tudo se tornou uma amiga muito muito especial.

Bem, mas além das reflexões, é no fim do ano que eu fico mais velha, dia 22 vou fazer 26, o que me deixa profundamente em crise. Certeza que em alguns anos eu só farei aniversário de 5 em 5 anos. E é um horror fazer aniversário perto do Natal, porque a vida toda eu passei pelo trauma de ganhar um presente só. Agora eu até já me conformei, mas quando eu era criança isso era uma das piores coisas que se podia esperar. Só não é pior que as tão esperadas festas de aniversário no dia de Natal, pra aproveitar a família toda reunida. A família reunida não era o problema, mas que meus amiguinhos também estavam reunidos com suas famílias e não iam à minha festa. TRAUMA!!!!


Não sei se este ano escrevo mais alguma coisa.
Obrigada aos que lêem as minhas futilidades.
Feliz Natal e um Próspero Ano Novo, pra esse ano e pros próximos dez, que eu acho uma chatice isso de ter que ficar desejando isso pra todo mundo todo ano.

Beijones.

sexta-feira, novembro 12, 2010

Gavetas da Memória II.

Mesa


Estava eu a olhar a minha mesa, da cozinha da minha casa de quando eu morava em Toledo. Foi a faísca para virem a luz da memória milhões de histórias que se passaram alí. Tantos amigos, as feijoadas do Odi, as rodadas de truco e general, aquelas festas que surgia gente não sei de onde, e era tanta gente que mal cabia no apartamento.
Hoje a mesa está coberta por uma toalha na cozinha da minha mãe servindo de suporte pros utensílios de cozinha, mas eu ainda vou fazer um quadro dela.
Eu sempre tenho saudades daquilo tudo. Foram, sem sombra de dúvida, os melhores anos da minha vida, quando eu fazia minha primeira faculdade: Filosofia. Alí, naquela cidade e naquele momento da vida, eu conheci pessoas que ficarão pra sempre comigo. Alí eu tinha minha turma.
E a vida era uma delícia, trabalhava de dia pra festar a noite, não havia regras, não havia juízo, nada que impedisse ninguém de fazer o que bem entendesse.
Hoje eu não faria as mesmas coisas, mas eu tenho saudade, não de viver aquilo novamente, mas a saudade que vai ser mesmo sempre só saudade.
E posso dizer que meu lugar no mundo é Toledo. Quando eu voltei pra lá no ano passado, quase 4 anos depois da última visita, eu chorei. Chorei na chegada e na saída, porque eu amo aquele lugar. Não pelo lugar, mas por tudo que eu vivi lá e pelas lembranças maravilhosas que eu tenho.

quinta-feira, outubro 14, 2010

A casa da vovó...

...e do vovô e das titias...
Os melhores lugares do mundo, mas a gente engorda tanto...
E são tantos mimos, e tantos abraços balançados, tanto amor.

Minha família tem o sentido pleno da palavra, são parte essencial da minha vida.
Amo mais maior que o mundo.

=*

sexta-feira, outubro 01, 2010

O silêncio...

Andei quieta por esses dias, mas tive um motivo para isso: estava estudando pra prova do mestrado.
Não tenho muito o que dizer hoje, estou demasiadamente cansada depois de 4 horas fazendo uma prova, só quero compartilhar o poema da prova. Era pra fazer uma análise crítica dele, de acordo com meus conhecimentos de Teoria e Crítica Literária. Esse aí, ó:



Graciliano Ramos - João Cabral de Melo Neto

Falo somente com o que falo: 
com as mesmas vinte palavras 
girando ao redor do sol 
que as limpa do que não é faca:
 
De toda uma crosta viscosa, 
resto de janta abaianada, 
que fica na lâmina e cega 
seu gosto da cicatriz clara. 
Falo somente do que falo: 
do seco e de suas paisagens, 
Nordestes, debaixo de um sol 
ali do mais quente vinagre: 
Que reduz tudo ao espinhaço, 
cresta o simplesmente folhagem, 
folha prolixa, folharada, 
onde possa esconder-se na fraude. 
Falo somente por quem falo: 
por quem existe nesses climas 
condicionados pelo sol, 
pelo gavião e outras rapinas: 
E onde estão os solos inertes 
de tantas condições caatinga 
em que só cabe cultivar 
o que é sinônimo da míngua. 
Falo somente para quem falo: 
quem padece sono de morto 
e precisa um despertador 
acre, como o sol sobre o olho: 
Que é quando o sol é estridente, 
a contrapelo, imperioso, 
e bate nas pálpebras como 
se bate numa porta a socos.




Depois eu falo sobre o poema, hoje eu cansei mesmo....

quinta-feira, setembro 23, 2010

Outra vez a Literatura...

Nunca me cansarei dela.

Mas hoje não vou usar as minhas palavras. Vou colocar aqui as categorias estabelecidas por Ezra Pound, no ABC da Literatura, que não se aplicam só a esta, mas a qualquer expressão artística. São fundamentais para quem lê. Ei-las:



1. Inventores
Homens que descobriram um novo processo ou cuja obra nos dá o primeiro exemplo conhecido de um processo.

2. Mestres
Homens que combinaram um certo número de tais processos e que os usaram tão bem ou melhor que os inventores.

3. Diluidores
Homens que vieram depois das duas primeiras espécies de escritor e não foram capazes de realizar tão bem o trabalho.

4. Bons escritores sem qualidades salientes
Homens que tiveram a sorte de nascer numa época em que a literatura de seu país está em boa ordem ou em que algum ramo particular da arte de escrever é "saudável". Por exemplo, homens que escreveram sonetos no tempo de Dante, homens que escreveram poemas curtos no tempo de Shakespeare ou algumas décadas a seguir, ou que escreveram romances e contos, na França, depois que Flaubert lhes mostrou como fazê-lo.

5. Beletristas
Homens que realmente não inventaram nada, mas que se especializaram em uma parte particular da arte de escrever, e que não podem ser considerados "grandes homens" ou autores que tentaram dar uma representação completa da vida ou da sua época.

6. Lançadores de modas
Sem maiores comentários.
Enquanto o leitor não conhecer as duas primeiras categorias, será incapaz de "distinguir as árvores da floresta". Ele pode saber de que "gosta". Ele pode ser um "verdadeiro amador de livros", com uma grande biblioteca de volumes magnificamente impressos, nas mais caras e vistosas encadernações, mas nunca será capaz de ordenar o seu conhecimento ou de apreciar o valor de um livro em relação a outros, e se sentirá ainda mais confuso e menos capaz de formular um juízo sobre um livro cujo autor está "rompendo com as convenções" do que sobre um livro de oitenta ou cem anos atrás (p.43).




POUND, Ezra. ABC da Literatura. Tradução: Augusto de Campos e José Paulo Paes. São Paulo: Cultrix, 1973.

segunda-feira, setembro 20, 2010

Eu por Sara Holz

Sara é uma grande amiga, do blog Bruxices Tolas. Amiga mãe. A gente morou na mesma casa, dividiu a vida bem divididinha, passamos por crises e por inúmeros momentos felizes. Brigamos, fizemos as pazes, nos abraçamos, choramos (eu chorei, né, porque a Sara não é muito disso).
Ela costuma escrever poemas sobre os amigos, e um dia ela escreveu um sobre mim, para mim.
Vou transcrevê-lo aqui:


Narciso

Defeitos. Virtudes.
Faltas. Acertos.
Carências. Carinhos.
Falhas. Qualidades.
Ira. Sensibilidade.
Luxúria. Candura.
Gula. Controle.
Cobiça. Despretensão.
Soberba. Doçura.
Dedicação. Confiança...
Tudo num mesmo,
um mesmo eu.
Paradoxo humano
confusa existência.
Altos e baixos
revezamento sutil,
acontecências diárias.
Amado amigo eu.
Melhor companheiro,
fiel confidente
amparo incondicional
meu amado Eu.

12 de Novembro de 2003


Tirem suas próprias conclusões, só tenho a dizer que ela me conhece bem...

quarta-feira, setembro 15, 2010

O que é a literatura?

O título do post é título de vários livros de teoria e crítica literária, de diversos autores.
Mas, eu como leiga, não venho aqui tentar dizer uma fórmula universal para explicar o que é literatura, até porque essa fórmula universal não existe, sendo que a literatura se trata de algo que pode ter diversas interpretações. Isso não só na literatura, na arte em geral: é difícil definir.
Mas não vou ficar aqui escrevendo as coisas que eu escrevo nos artigos científicos, né?!
Mas os textos que eu leio pra escrever esses artigos me levaram a uma conclusão a respeito da literatura, não de modo geral, mais especificamente a respeito da poesia.
Depois de muito estudo sobre teoria da poesia, estudo mais aprofundado sobre autores, poemas, obras, cheguei a conclusão (nada nova) de que a literatura não pode ser constituída apenas de palavras jogadas no papel. Ela deve ser elaborada. Não complicada, elaborada. Vejo que alguns poemas são uma verdadeira afronta à capacidade intelectual das pessoas, pieguismo absoluto. A poesia, como toda a arte, tem sim de ter o sentimento, o intrínseco, mas falar de sentimentos nem sempre é poesia.
Falo da poesia enquanto literatura, não da poesia da vida, que isso será tema pra um outro post. A poesia enquanto literatura traz em suas palavras muitas coisas além do que as simples palavras podem dizer, e essas coisas podem ser decifradas somente a partir dessas simples palavras. O poeta deve ter conhecimento. Não conhecimento profundo sobre todas as coisas da vida, mas conhecimento sobre o sentimento, sobre a realidade, e principalmente conhecimento no uso das palavras. Usar as palavras certas no lugar certo e combinadas com outras palavras certas é a chave para a poesia.
Acho que eu não disse nada do que eu realmente queria dizer, nem quero escrever posts muito longos. Então, só me resta dizer que eu voltarei a tocar no assunto.

segunda-feira, setembro 06, 2010

A Véspera do Feriado

Tem gente que quando não está nos melhores dias gosta de ficar em casa, se afundar na solidão e na plenitude dos pensamentos.
Eu sou ao contrário. Se não estou bem preciso sair de casa, ver gente, conversar, bater papo furado, conhecer gente nova...
Só me sinto segura em ficar sozinha nos dias que me sinto plenamente bem comigo mesma, porque os pensamentos são os piores inimigos que podemos ter. Eles nos consomem e nos levam cada vez mais pro fundo do poço, eles não nos tiram de lá.
Isso me leva a pensar que toda aquela gente feliz que a gente vê na noite por aí, são um bando de fugitivos, não todos, claro, mas a maioria deles. Porque a realidade não é divertida. A vida, na maioria das vezes, é dura. Mesmo as pessoas mais otimistas (o que não é o meu caso...rs), sabem que o mundo é um lugar cada vez pior, que cada dia há menos espaço para os bons sentimentos, as amizades verdadeiras, as paixões fulminantes. As pessoas não dão mais espaço em seus mundinhos extremamente solipsistas às outras pessoas. Tudo que vemos por aí só nos faz desconfiar cada dia mais das pessoas...
E se a gente confia, a gente curte, vive bons momentos, muito bons momentos, acaba se decepcionando... Talvez não seja por maldade, mas a tendência é cada vez mais o afastamento... mas, às vezes, eu não consigo entender...
Bem, mas apesar de tudo, hoje é um dia que eu posso considerar dia pra comemorar.
Hoje faz 4 anos que o Maurício e a Lu se conheceram, e agora estão aí, esperando um filhinho lindo, que será muito amado pela titia aqui...rs.
Hoje faz 3 anos que eu conheci o Alessandro, um amigo fora do normal pra mim, que me surpreendeu, porque eu nunca esperava dele essa amizade de todas as horas, e hoje eu vejo que posso contar com ele pra tudo. A gente não de abraça, mas a gente se ama...rs...
Posso sempre esperar algo bom da véspera do feriado de 7 de Setembro, porque pelo que tenho visto ele sempre traz coisas boas.

sexta-feira, setembro 03, 2010

As Gavetas da Memória.


Hoje resolvi fuçar naquelas caixas que estão há anos sem serem mexidas em cima do armário, e me surpreendi com o tanto de coisinhas relevantes que eu guardo. São momentos maravilhosos da vida escritos em pedacinhos de papel, bilhetinhos dos amigos, ingressos de festas, fotos, cartas para mim mesma. Sim, eu escrevo cartas para mim mesma, num ato de "meu querido diário". Ali naqueles pedacinhos de papel eu tive tantas lembranças boas. Eu ri e chorei sozinha. Tem, inclusive, o holerite do meu primeiro décimo terceiro salário: R$80,00. Cartões que eu ganhei em aniversários, milhões de bilhetinhos da minha mãe...
Minha mãe é uma coisa linda. Hoje mesmo ela me deixou um dos seus bilhetinhos que sempre arrancam de mim o maior sorriso do mundo. Minha  mãe muito mais que mãe, minha amiga, companheira... eu babaria dias aqui pela minha mãe. Porque ela sabe sobre mim, é uma pessoa com quem eu me sinto bem em sentar e conversar sobre qualquer coisa, pra deitar no colo e chorar. Creio que a plenitude do que uma mãe deve ser está nela.
Mas outro dia eu escrevo sobre ela e só sobre ela.
Hoje são as lembranças... eu guardo tanta coisinha, que a princípio parece um monte de papel inútil, mas me fez tão bem olhar pra tudo aquilo hoje. E já tenho planos para o futuro, na semana que vem vou pegar minha caixa de cartas. Sim, eu tenho uma caixa cheinha de cartas. De quando a Aline foi pro convento e a gente se escrevia contando os detalhes de tudo, de quando a Fabiana foi estudar em outra cidade e a gente não se via mais todo dia e ela tinha que me contar as novidades sobre o "homem do elevador". De quando eu era apaixonada pelo Rafael, garoto que conheci nos jogos escolares, e o único contato que eu tinha o ano inteiro enquanto esperava ansiosamente pelos próximos jogos eram as cartas que eu trocava com ele.. e nunca passou disso, nem um beijinho...rs. E da Isis também, e de mais um monte de amigos dos jogos, e de um monte de gente que eu nunca vi na vida, como o Samuel Bolacha... nossa...
Vou parar por aqui, que se eu começar a contar tudo...
Senta que lá vem  história!!!!



By: Coração Nostálgico.

quarta-feira, setembro 01, 2010

O Drama do Desemprego.

Dia 6 do mês de Agosto do ano de 2010 (ata), passei por uma das piores experiências da vida: perdi meu emprego. Tá... não é tão trágico assim. Emprego tem aos montes por aí. Mas a questão é que eu amava o meu antigo trabalho, chego a chorar quando entro na biblioteca de novo. Esses trabalhos por contrato são um problema. Dois anos, nem um dia a mais, pra não gerar vínculo empregatício.
Mas o pior de tudo mesmo é ficar em casa, entregue aos afazeres domésticos. Já tenho calos causados pela vassoura nas mãos. Aí o lado "ensaboa, mulata, ensaboa"... lavar louça, roupa, limpar casa, limpar cocô de cachorro... 
E tem os meus por fora (uns freela). Mas quando a gente trabalha em casa povo pensa que não estamos fazendo nada, né? Eu sento na frente do computador, me concentro, começo o trabalho, hora que pego o embalo alguém me chama: "Faz um favorzinho pra mim?" Aham, não tô fazendo nada mesmo... (ah tá!)

Aí eu me pego a pensar: trabalhar fora é tão cansativo, a gente reza (mesmo os que não creem) por um diazinho só de folga pra colocar as idéias no lugar, mas quando vem o desemprego (desespero) é que a gente dá valor aos dias corridos, à falta de tempo pra nada, deixar de almoçar pra dormir um pouquinho...

Quero minha vida frenética de volta, porque trabalhar é mais do que ganhar dinheiro!

sábado, agosto 28, 2010

Conto de amor eterno...

Pode parecer bobo, e pode não ter importância nenhuma.
Pode não ser comovente...
Não pra quem lê...
Pode não ser o que vocês esperavam ler aqui...
Mas essas palavras, escritas num bilhete pra mim, há alguns anos, são as palavras que mais me alegram e ao mesmo tempo entristecem...
Eu perdi.

Vou transcrevê-las aqui:


"Borboleta, fico eternamente grato por ter te conhecido. De todos os passeios que demos, mais valeu aquele por dentro de nós mesmos. Você brilha. Te amo".


Queria poder te dizer que também o amo... queria te dizer que nunca deveria ter deixado você ir...
Pra sempre, sempre mesmo, você estará comigo, e não há um dia em minha vida que eu não pense em você, não há sequer um dia que eu não sinta saudades, meu amor.

quarta-feira, agosto 25, 2010

A mulherzinha.

Hoje quem fala é a Razão.

A Razão fazendo uma confissão.

Devo admitir que não possuo muita facilidade em assumir que tenho um lado mulherzinha. Não no sentido vulgar da palavra, mas no sentido de mulher que chora vendo final de novela.

Confesso que não tenho paciência pra ficar escolhendo cor de esmalte, nem pra ir ao cabeleireiro.

Talvez não dar espaço à mulherzinha que vive dentro de mim tenha a ver com o fato de que devo parecer sempre muito racional e forte. Em casa, no trabalho, com os amigos. Sempre preciso ser racional e forte. Afinal, eu sou uma aspirante a intelectual, e intelectuais não devem ser muito emotivos.

Mas, agora, passando por um momento de ócio forçado depois do final do meu contrato no trabalho, estando desempregada, voltei a assistir, desde o começo, Grey’s Anatomy. E meu lado mulherzinha aflorou. Ai como é tudo emocionante. Tudo me faz chorar. Assim como As Pontes de Madison, o filme mais mulherzinha da face da terra, e que me faz debulhar em lágrimas. Até por que As Pontes de Madison mexe comigo além do simples motivo de ser um filme emocionante, me faz lembrar que a vida é feita de escolhas, e que de algumas delas nos arrependemos pelo resto de nossos dias, mas isso não vem ao caso.

E acho que é isso... confissão feita. Tenho meu lado mulherzinha, mas não tem nada a ver com sapatos de salto, mas com coisas aparentemente banais que me fazem parecer um bebê chorão, que chega a soluçar...

Seria cômico, se não fosse trágico. Ou não!

segunda-feira, agosto 23, 2010

A vida é patética.

Quando somos crianças achamos carga demais pra nossas vidas ter que levantar cedo e ir pra escola todos os dias, que é um saco ter que fazer um curso, treinar um esporte, porque nossos pais acham que isso é bom pra nossas vidas, e não vemos a hora de chegar à vida adulta para que possamos ter o poder de escolha de fazer o que bem entender.

Quando finalmente chegamos a vida adulta, não depois dos 18 anos, mas quando realmente nos damos conta de que não somos mais crianças, percebemos que a vida é patética.

A vida é patética porque temos que nos apegar a outras pessoas pra tentar desenterrar uma faísca de felicidade. A vida é patética porque há momentos que gostaríamos de eternizar dentro de uma garrafinha pra que pudéssemos reviver quando bem entender. A vida é patética porque concentramos todas as nossas forças em relacionamentos que não dão certo, mas precisamos ter alguém a nosso lado só pra não parecermos as pessoas mais solitárias do mundo.

A gente percebe que tem um amigo de verdade, daqueles que a gente pode ligar as 3 horas da manhã que ele estará sempre disposto a ouvir nossos problemas, mesmo que sejam os mais sórdidos, mas nos damos conta que esse amigos agora tem família, filho, e que a preocupação dele vai muito além de uma crise existencial.

A vida é patética porque, como Alice, temos sempre que correr atrás de um coelho branco a procura de algo melhor, mas o que encontramos pelo caminho é cada vez mais confusão, nunca uma resposta.

A vida é patética porque só os tolos triunfam, e as pessoas estacionadas no parque da consciência de que a vida não vale a pena fracassam e fracassam a cada minuto que passa.

Percebemos que perdemos a chance de viver um grande amor, que uma pessoa que nos fez muito feliz hoje faz feliz outra pessoa, e que não somos mais a borboleta azul, porque até o apelido já não é mais cabível...

Percebemos que as pessoas que conhecemos através das telas as vezes são as únicas pessoas que nos trazem algum conforto, porque a vida é dura, e acabamos perdendo o contato real, com pessoas reais.

Percebemos que não somos mais capazes de chegar pra alguém por quem estamos apaixonados e simplesmente dizer que estamos apaixonados, sem se importar com o pior, porque há muitas coisas na vida piores que um não, e que as paixões vem e vão, e não são tão profundas quanto o amor, quanto ser a borboleta azul de alguém...

E trabalhamos, e trabalhamos e trabalhamos pra que? Simplesmente porque precisamos de um salário no fim do mês, e provavelmente nunca teremos nossos grandes sonhos (que mudam a cada 12 ou 24 horas) realizados.

Percebemos que fazer sexo só por fazer não nos faz mais bem, pelo contrário, nos faz sentir ainda mais solitários, e que podemos beber duzentas cervejas que o mundo não será um lugar melhor.

Percebemos, que é muito melhor estar 24 horas por dia trabalhando e ocupados com problemas banais, pelo menos assim não nos pegamos pensando em um milhão de motivos que tornam a vida cada dia mais patética.

quinta-feira, abril 29, 2010

Rertorno.

Por que não um blog novo, depois de tanto tempo de abandono?
Porque acho que a vida continua girando em torno dos três princípios: razão, emoção e sexo.
Caso eu resolva retornar mesmo a escrever no blog, os três estarão coexistindo em um único corpo, diferente do que era antes.
Explicações virão.